Trovões nas Urnas: O Circo Eleitoral das Blitze da PRF em 2022
Em um relatório tão inusitado quanto uma girafa surfando em uma onda de lama, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) levanta suspeitas de que as blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022 foram mais do que simples paradas para conferir documentos.
Segundo o documento, as blitze podem ter transformado as eleições em um espetáculo digno de circo, com malabares para driblar atrasos provocados pela ousadia policial. O relatório, agora parte do inquérito da Polícia Federal, sugere que até mesmo os elefantes da PRF (ou melhor, os ônibus fiscalizados) foram mais numerosos no Nordeste, como se estivéssemos em um grande picadeiro eleitoral.
O relatório destaca uma mudança peculiar no comportamento dos eleitores, que, ao invés de apresentarem-se pela manhã, decidiram fazer sua grande entrada nas urnas durante a tarde, como se estivessem esperando o sinal verde da Justiça para entrar no espetáculo.
A juíza eleitoral Erika Corrêa descreveu a cena eleitoral como um show morno pela manhã, com salas vazias e eleitores escasseando, até que a Justiça decidiu liberar o caminho dos votantes, transformando a tarde em uma verdadeira festa eleitoral. A estratégia incluiu até mesmo o uso de WhatsApp e rádio para anunciar o transporte gratuito, como se fosse o intervalo do espetáculo.
A conclusão do relatório é quase tão intrigante quanto a pergunta de quem deixou a porta do circo aberta: há uma possível conexão entre as blitze da PRF e o atraso dos eleitores, embora não se possa afirmar com certeza se foi um truque exclusivo dessas operações.
O ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, tenta sair desse circo afirmando que a intensidade no Nordeste se deve ao tamanho da estrutura da PRF na região, enquanto se autoproclama vítima da “maior injustiça da história”. Uma afirmação tão dramática que faria até mesmo os palhaços do circo questionarem sua seriedade.
Enquanto isso, os dados do Ministério da Justiça revelam que a PRF fiscalizou mais ônibus no Nordeste do que uma avó conferindo se os netos estão de pijama antes de dormir.
As eleições de 2022 tiveram o toque peculiar das blitze da PRF, transformando o processo democrático em um espetáculo onde os eleitores foram os artistas atrasados e a PRF, os mestres de cerimônia com distintivos. E assim, o Brasil assistiu a mais um show político circense, onde as estrelas eram as blitze, e a plateia, bom… a plateia que esperou até a tarde para dar o seu voto merece, no mínimo, um ingresso grátis para o próximo espetáculo eleitoral.