Projeto apresentado por Guedes quer congelar salário mínimo e aposentadoria
O ministro da Economia Paulo Guedes pretende apresentar um projeto por meio de de Emenda Constitucional (PEC) logo no dia seguinte ao segundo turno das eleições, caso o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) conquiste mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto, o que propõe o fim da correção pela inflação passada do salário mínimo e dos benefícios previdenciários.
O Projeto da parte econômica do governo faz parte do “novo marco econômico” que o ministro da Economia e Bolsonaro pretendem estabelecer em um eventual segundo mandato que abre a possibilidade de uma correção do salário mínimo e dos benefícios previdenciários abaixo da inflação.
Além de que o governo Bolsonaro não ter apresentado aumento real no salário mínimo em seu mandato presidencial, um eventual segundo mandato poderá causar o que já está sendo chamado de “perda real”. Ou seja, o plano de Guedes prevê uma não atualização do salário mínimo, diminuindo mais ainda o poder de compra das famílias brasileiras.
Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, que teve acesso direto ao plano econômico de Guedes, a proposta estabelece que o salário mínimo e os benefícios previdenciários “deixam de ser vinculados à inflação passada […] a nova regra considera a expectativa de inflação e é corrigido, no mínimo, pela meta de inflação”.
Nesta quinta-feira (20), Guedes negou que a proposta de mudança de regra fiscal iria prejudicar salário mínimo e aposentados, mas salientou que a emenda já tem o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR). “A PEC já combinada precisa ser apresentada ao Congresso Nacional e votada o mais rápido possível, logo depois do segundo turno das eleições gerais”, finalizou.