Policiais militares fazem abordagem truculenta e agridem pessoas na saída de um bar na Grande SP; veja
Secretaria de Segurança Pública afirmou que abrirá inquérito e coletará material das câmeras corporais dos oficiais para investigar o caso
Um grupo de policiais militares realizou uma abordagem truculenta e agrediram pessoas na saída de um bar na cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, no domingo (4).
A ação foi gravada em um vídeo publicado nas redes sociais pelo advogado Arial De Castro que mostra homens e mulheres saindo do local para a rua, onde eram aguardados por policiais fardados com cassetetes. Eles empurraram civis e agrediam as pessoas — uma delas chegou a ser atingida no rosto.
Um homem foi puxado, caiu no chão, derrubou uma lixeira e, logo depois, foi atingido pelo objeto que havia sido chutado por um dos policiais.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou abrirá um inquérito e analisará as imagens que viralizaram nas redes sociais, além do material coletado pelas câmeras corporais, “para identificar eventual responsabilidade por excessos praticados durante a ação”.
O órgão alegou que uma equipe de policiais militares foi hostilizada enquanto abordava dois homens que circulavam sem capacete em uma motocicleta com a placa coberta na rua Almeida Leme.
Eles teriam sido agredidos com garrafas e cadeiras por cerca de 100 pessoas que queriam ajudar na fuga dos suspeitos, segundo afirmou o Coronel Nikoluk, comandante o 6º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano — responsável pelos municípios paulistas de São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.
“O Comando da Polícia Militar em São Bernardo do Campo reafirma à imprensa e a toda sociedade civil o seu compromisso com a defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana, combatendo o crime e fazendo cumprir as leis”, disse.
A SSP acrescentou que outras viaturas se deslocaram ao local para prestar apoio, encontraram os dois oficiais cercados pelo grupo de pessoas, e “realizaram procedimentos operacionais para dispersão”.
Por: Flávio Ismerim e Thais Magalhães