PMs são presos por suspeita de matar policial que investigava atuação de milícias no Rio
A Divisão de Homicídios da Capital e a Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta quarta-feira (7), dois subtenentes da corporação suspeitos da morte da policial militar Vaneza Lobão, de 31 anos. Ela foi morta na porta de casa em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, em novembro do ano passado.
Vaneza era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e trabalhava no setor de inteligência da delegacia, dedicada à investigação de policiais envolvidos com milícia e contravenção. A unidade é subordinada à Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
De acordo com as investigações, os PMs realizaram diversas pesquisas sobre Vaneza em bancos de dados oficiais, com intuito de monitorar a policial e colher informações sobre sua rotina e endereço.
Os presos estão lotados no 27⁰ BPM (Santa Cruz) e 31⁰ BPM (Recreio). Até o fim do ano passado, um deles estava lotado na 8ª DJPM, onde Vaneza trabalhava no Setor de Inteligência. A função de Vaneza era monitorar e elaborar relatórios a respeito das organizações criminosas que atuam na Zona Oeste da cidade.
De acordo com as investigações, no local do crime foi encontrado um estojo de pistola no calibre .40, cujo lote indica que a munição foi adquirido pela Polícia Militar em 2009, e entregue no mesmo ano para o 31º BPM.
O policial lotado no 27° BPM trabalhava como motorista do comandante do batalhão.
Morta ao abrir portão da garagem
Os assassinos aguardavam a policial no momento em que ela abria a garagem para entrar com seu carro.
Segundo a PM, criminosos armados atiraram contra a policial na porta da casa dela e fugiram. Ela foi morta com tiros de fuzil disparados por bandidos encapuzados, que estavam em um carro preto.
No mesmo dia da morte da policial, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a Polícia Federal vai ajudaria no caso.
“Lamentamos o terrível crime cometido contra a policial Vaneza Leão, no Rio de Janeiro. Minha solidariedade à família e aos colegas da corporação. Orientei a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades estaduais”, disse o ministro.
Por g1