Pastores Empreendedores: Golpes Divinos e a Polícia no Rastro
Parece que o reino de Deus agora tem um novo endereço: nas contas bancárias dos pastores espertalhões do Distrito Federal. Sim, senhoras e senhores, a Polícia Civil acaba de lançar uma operação para combater a sagrada arte de enganar, com um toque divino, é claro.
Na manhã desta quarta-feira (20), nossos brilhantes agentes saíram de casa com a missão de averiguar um certa bagatela de denuncias de mais de 50 mil vítimas que foram enganadas por um bando de pastores criativos. O truque deles? Convencer os fiéis de que eram abençoados para receberem grandes quantias de dinheiro. Parece que o segredo era uma teoria conspiratória chamada “Nesara Gesara”, que prometia transformar qualquer moedinha em uma fortuna. O “santo” investimento!
E olha só, meus caros, esses pastores não eram qualquer um. Eles não estavam apenas pregando o Evangelho, mas também movimentando uma bela quantia de R$ 156 milhões ao longo de 5 anos. Para dar aquele toque especial à trama, eles criaram 40 empresas “fantasmas” e, como se isso não bastasse, tinham mais de 800 contas bancárias suspeitas. Jesus, Maria e José!
Nossos brilhantes agentes não estavam para brincadeira, não é mesmo? Eles prenderam dois pastores e foram atrás de outros 16 alvos em diferentes estados. Quem diria que os pastores poderiam ter tanto sucesso no mundo dos negócios, hein?
A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, e olha, parece que essa ordem foi bem bagunçada pelos pastores em questão. Mas eles não pararam por aí, não! Usaram as redes sociais para pescar as vítimas, oferecendo operações financeiras falsas e projetos de ações humanitárias fictícias. Parece que a fé estava à venda.
A Polícia Civil descobriu que esse grupo contava com cerca de 200 integrantes, incluindo um belo elenco de pastores. E a promessa era de retornos “imediatos e rentabilidade estratosférica”. Quem não queria investir R$25 para ganhar um octilhão de reais? E que tal investir R$2 mil e receber 350 bilhões de centilhões de euros? Aparentemente, o céu era o limite!
Para dar um toque de sofisticação ao esquema, eles criavam empresas fictícias que simulavam ser instituições financeiras digitais com alto capital social declarado. Parece que a palavra “fantasma” não estava restrita apenas às igrejas. E acreditem ou não, até contratos falsos com promessas de liberação de dinheiro “registrados” no Banco Central e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) foram usados para dar aquele toque de legalidade ao golpe.
Ah, mas a história não para por aí, meus amigos! Em dezembro de 2022, a Polícia Civil pegou um dos suspeitos com as mãos na massa, ou melhor, com um documento falso em uma agência bancária. O indivíduo simulava possuir um crédito de R$ 17 bilhões. Mesmo com a prisão desse “crente” em golpes, o grupo continuou a fazer das suas.
Pois bem, meus caros, esses “pastores empresários” agora terão que responder por crimes que vão desde estelionato e falsificação de documentos até lavagem de dinheiro e organização criminosa. Quem diria que o caminho para a salvação passaria por uma cela de prisão? Enfim, que lição aprendemos hoje? Nem todo rebanho segue o bom pastor, e nem todo pastor tem um rebanho honesto. Fiquem espertos, fiéis, a fé é linda, mas o dinheiro suado não deve ser jogado fora em promessas miraculosas. Até a próxima, e que a justiça seja feita!