Coluna Leia Já: Dicas Literárias
Título: Alice no País das Maravilhas
Autor: Lewis Carroll (pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson)
Ano de Lançamento: 1865
Número de Páginas: Variável (dependendo da edição, geralmente entre 80 e 120 páginas)
Por: J.J.Junior
Ah, meu caro leitor, permita-me levar você a uma viagem pelo País das Maravilhas, um lugar onde nada é o que parece e tudo é possível. Estou prestes a te contar sobre minha experiência com o clássico Alice no País das Maravilhas, obra de ninguém menos que Lewis Carroll, o poeta, fotógrafo, matemático e, é claro, contador de histórias genial sob pseudônimo.
Desde o momento em que me aventurei nesse mundo deliciosamente maluco, fui puxado para um turbilhão de eventos tão bizarros que arrancaram gargalhadas e perplexidade de mim. Carroll deve ter escrito esse livro com uma caneca de chá da tarde reforçada de absurdos, porque cada página é um convite para o inesperado. Ah, o Chapeleiro Maluco, um verdadeiro visionário do mundo do chá! Só alguém completamente louco poderia imaginar tal festa do chá, onde o tempo está sempre errado e as conversas são uma verdadeira confusão. E a Rainha Vermelha, cuja fixação por cortar cabeças faz com que até os carrascos tremam nas bases. Pode até parecer pesado para uma história infantil, mas é um lembrete de que o mundo de Carroll é cheio de camadas.
E então, temos a nossa protagonista, Alice, que é tão frágil quanto é descuidada, sempre caindo em armadilhas tão facilmente quanto um gato cai de pé. No entanto, sua inteligência e maturidade para sua idade a tornam uma personagem encantadora e cativante.
A escrita de Carroll é fluida e leve, tornando impossível largar o livro. Não é à toa que mães costumavam lê-lo para seus filhos antes de dormirem. O livro marcou época e teve um impacto profundo na sociedade.
Mas, engane-se se pensar que “Alice” é apenas para crianças. Lê-lo como adulto é uma experiência completamente diferente. Todos nós temos uma pequena Alice em nós, sedenta por novas descobertas e mundos que nos tirem da rotina. Este livro vai explodir seus neurônios com temas complexos, como a natureza da realidade, apresentados de maneira simples e acessível.
Claro, nem tudo são flores. Carroll comete algumas gafes na narrativa, como episódios desconexos que deixam o leitor um tanto confuso. E há a sombra polêmica que paira sobre a vida do autor, temas que não vale a pena mencionar aqui, mas que deixam um gosto amargo na boca.
Mas, no geral, Alice no País das Maravilhas é encantador, polêmico e desafiador. Ele nos tira da nossa zona de conforto e nos faz questionar nossa própria realidade. É como uma sessão de terapia, só que com um gato que ri e um coelho atrasado.
E, no final, lembramos das sábias palavras do Gato de Cheshire: “Aonde fica a saída?”, perguntou Alice ao gato que ria. “Depende”, respondeu o gato. “De quê?”, replicou Alice; “Depende de para onde você quer ir…”
Eu recomendo este livro com todo o meu coração. Ele deixou um quentinho lá dentro e me fez lembrar que, por mais louco que o mundo possa ser, sempre há uma porta para escapar para as maravilhas da imaginação. Portanto, vá em frente, mergulhe na toca do coelho e descubra o País das Maravilhas por si mesmo. Você não vai se arrepender.