Coluna Leia já: Dicas Literárias
Por: J.J.Junior
Título: Crepúsculo
Autora: Stephenie Meyer
Ano de Publicação: 2005
Número de Páginas: 480 p
Ah, “Crepúsculo”! O livro que me transportou de volta aos corredores do colegial, às espinhas no rosto e às paixões adolescentes. Depois de anos, resolvi dar uma segunda chance a essa saga que, para muitos, é um verdadeiro culto. Sente-se, pegue sua dose de glitter e venha comigo nessa viagem ao mundo de Stephenie Meyer.
Antes de começar a rasgar elogios ou apontar falhas, devo reconhecer que “Crepúsculo” cumpriu uma missão crucial na minha vida literária. Foi o livro que me introduziu ao universo da leitura fora das obrigações escolares. E isso é um feito notável. Afinal, quem não se lembra da emoção de descobrir um romance proibido entre uma adolescente desajeitada e um vampiro brilhante?
Agora, deixe-me ser honesto: relendo-o como adulto, é impossível não notar as falhas gritantes na trama. Primeiro, a escrita de Meyer, embora acessível, não é exatamente uma obra-prima da literatura. As descrições exageradas da beleza de Edward e Bella, bem como suas conversas incessantes sobre quão perfeitos são um para o outro, podem ser cansativas.
E, claro, não podemos deixar de mencionar o famigerado triângulo amoroso com o lobo Jacob, que mais parece um quadrado amoroso se você considerar a criança imprevisível que é Renesmee. Sério, quem nomeia um personagem assim?
Mas, apesar de suas deficiências, “Crepúsculo” tem seu valor. Para começar, Stephenie Meyer trouxe os vampiros de volta à moda. Seu conceito de vampiros brilhantes ao sol, ao invés de virarem cinzas, foi revigorante. E ela construiu um mundo intrigante de vampiros, lobisomens e uma mitologia própria que cativou muitos leitores.
Outro ponto positivo é que a história de Edward e Bella é altamente envolvente para seu público-alvo, os adolescentes. Ela capturou a intensidade e a angústia desse período da vida de forma convincente, criando personagens com os quais muitos jovens podiam se identificar.
Além disso, não podemos ignorar o fenômeno cultural que “Crepúsculo” se tornou. Os livros geraram uma série de filmes, mercadorias e convenções de fãs. Stephenie Meyer desencadeou uma paixão literária global, e isso é um feito a ser admirado, mesmo que você não seja um fã ardente da saga.
Assim, “Crepúsculo” é como um antigo álbum de fotos que você desenterrou do fundo do armário. Pode parecer um pouco datado e imperfeito, mas ainda carrega aquelas lembranças preciosas e um lugar especial no seu coração. Se você nunca leu, vale a pena dar uma chance, especialmente se for um adolescente em busca de emoções. Se já leu, por que não fazer uma visita nostálgica? Afinal, todo mundo precisa de um pouco de brilho vampiresco em suas vidas.