Caso Danilo: servente de pedreiro vai a júri popular quatro anos depois do crime
Hian Alves de Oliveira é réu por agredir e afogar o menino em uma possa de lama. Danilo desapareceu no dia 21 de julho de 2020, no Parque Santa Rita
O servente de pedreiro Hian Alves de Oliveira vai a júri popular nesta segunda-feira, 24, quase quatro anos depois de matar o menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, em Goiânia. A criança foi agredida e, posteriormente, afogada em uma poça de lama numa mata a cerca de 100 metros da casa onde morava com a família, em Goiânia.
O júri, que será presidido pelo juíz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4º Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, está previsto para começar, às 8h30, no Fórum Doutor Heitor Moraes Fleury. Em nota, a defesa de Hian informou que confia e espera que o julgamento garanta ao réu um “tratamento justo, o que não ocorreu durante as investigações, comprovadamente falhas”.
Danilo desapareceu no dia 21 de julho de 2020, no Parque Santa Rita. Segundo a família afirmou à época, o menino brincava na porta de casa e disse à mãe que iria à casa da avó, mas nunca chegou ao local. O corpo do garoto foi encontrado no dia 28 do mesmo mês por uma força tarefa.
Hian se encontra preso desde o dia 31 de julho de 2020, mas apenas em março de 2023 o desembargador Leandro Crispim determinou que ele fosse levado à júri popular. Hian confessou durante o curso do processo que matou o menino por ciúmes. Ele era vizinho da família de Danilo e morava com um pastor, mas justificou que o pastor ajudava os familiares do menino e deixava de ajudar a família dele.
O ajudante de pedreiro afirmou à época que usou um pedaço de madeira para agredir o menino e afundou o rosto dele em um poço de lama até Danilo perder a consciência. O corpo foi abandonado numa área de brejo de difícil acesso.
Por Pedro Moura