
Assembleia de Pernambuco aprova auxílios milionários para deputados enquanto população sofre com crises
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, na tarde desta terça-feira, três projetos de resolução que criam auxílios saúde, moradia e alimentação para os 49 deputados estaduais do estado. De acordo com os projetos, o auxílio saúde corresponderá a R$ 3.120,00, o auxílio alimentação R$ 3.120,00 e o auxílio moradia R$ 6.240,00. Os auxílios só entrarão em vigor a partir do dia 1º de abril deste ano. A soma total desses valores mensais é de R$ 12.480,00, isso significa que a despesa mensal com esses auxílios será de R$ 609.600,00.
Se levarmos em conta o período de 4 anos de mandato dos deputados, essa despesa total será de R$ 2.438.400,00. O gasto anual seria de R$ 609.600,00. Se considerarmos que são 49 deputados, o gasto total seria de R$ 29.924.400,00. Essa decisão foi criticada por muitos, já que os valores dos auxílios são consideravelmente altos e poderiam ser utilizados para melhorar as condições de vida da população, especialmente em meio à crise econômica e aos problemas na saúde e educação.
Além disso, esses auxílios adicionais para os deputados podem ser considerados imorais, uma vez que eles já possuem salários elevados e muitos benefícios, enquanto muitos cidadãos enfrentam dificuldades financeiras. Dentre os deputados, sete votaram contra esses auxílios, são eles: Aluísio Lessa (PSB), Clarissa Tércio (PP), Dulci Amorim (PT), João Paulo (PT), Juntas (PSOL), Teresa Leitão (PT) e Waldemar Borges (PSB). Eles argumentam que esses recursos deveriam ser destinados para melhorias na saúde e educação, por exemplo, e não para benefícios adicionais para os deputados.
A decisão de criar esses auxílios gera uma desconfiança e descrença na população em relação aos políticos e seus reais objetivos e intenções ao governar. É importante que os políticos sejam transparentes e priorizem o bem-estar da população, em vez de se preocuparem apenas com seus próprios interesses.