‘A justiça, por vezes é lenta, é cega, é burra, mas ela chega’, diz juíza ao ler sentença do caso Marielle
Durante a leitura da sentença que condenou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelo assassinato de vereadora Marielle Franco, nesta quinta-feira (31), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a juíza Lúcia Glioche lembrou dos familiares das vítimas.
“Dizemos que vítimas do crime de homicídio são aqueles que ficam vivos, precisando sobreviver no esgoto que é o vazio de permanecer vivo sem a vida daquele que foi arrancado do seu cotidiano”, afirmou a magistrada.
“A sentença não serve para tranquilizar as vítimas, que são Marinete, mãe de Marielle; Anielle, irmã de Marielle; Mônica, esposa de Marielle; Luyara, filha de Marielle; Ágatha, esposa de Anderson, e Arthur, filho de Anderson”, continuou.
A juíza lembrou o tempo que levou para a condenação, pontuando que os condenados haviam negado a participação no crime, apesar das provas.
“A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega. A Justiça chega mesmo para aqueles que como os acusados acham que jamais serão atingidos pela Justiça”, declarou.
A sentença condenou Ronnie Lessa a 78 anos, 9 meses e 30 dias de prisão, além de multa. Já Élcio Queiroz teve pena de 59 anos, 8 meses e 10 dias/multa.
Por Afogados fm