Gerente de posto preso após matar suposta amante enforcada tinha 80 armas e 16,3 mil munições, diz polícia
Por Gustavo Biano, EPTV e g1 Campinas e Região
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O gerente de posto de combustíveis Hélio Leonardo Neto, preso no domingo (17) após confessar ter enforcado e matado uma mulher de 33 anos desaparecida desde 4 de março, guardava na casa dele, em Americana (SP), 80 armas e 16,3 mil munições, segundo a Polícia Civil. O homem, de 47 anos, tem registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), mas nem todo o arsenal estava legalizado.
A vítima é Mônica Matias de Paula, também moradora de Americana, de 33 anos. De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a mulher atuava como garota de programa e manteve uma relação extraconjugal com o homem. A defesa de Hélio afirma que os dois tiveram apenas dois encontros e ela começou a fazer “ameaças à integridade física da família dele”.
O autor do crime é casado com uma pastora. Segundo a investigação, o namorado de Mônica registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no dia 6 de março, no qual já relatava a possibilidade da participação do gerente no crime.
O corpo de Mônica foi encontrado na sexta-feira (15) em uma área de mata próximo à Rodovia Anhanguera (SP-330), em Limeira (SP), já em estado de decomposição. O homem foi preso no domingo quando chegava em casa, no bairro Chácaras Mantovani, em Americana. Ele estava com um veículo modelo Volkswagen Virtus, o mesmo usado para levar a vítima ao local do crime.
O assassinato
A investigação informou que, após as ameaças de ter a relação extraconjugal exposta, o gerente convidou Mônica para sair. Os dois foram para uma área rural em Limeira, onde o gerente a espancou e estrangulou
Os investigadores também falaram com a pastora, que negou participação no crime e afirmou que recebeu mensagens, em redes sociais, que questionavam a fidelidade do marido dela. Mas que, ao questionar o marido, ele negou envolvimento com outra mulher.
Entre as armas localizadas e apreendidas na casa do gerente, estavam pistolas, espingardas e metralhadoras.
O que diz a defesa?
O advogado de Hélio Leonardo Neto, Hamilton Rodrigues, afirmou que a vítima e o gerente não mantinham uma relação extraconjugal, mas que se encontraram duas vezes.
O defensor ainda disse que a mulher procurou Hélio “insistentemente” para manter relações e depois fez ameaças ao gerente. Rodrigues alega, também, que o gerente de posto disse ter “perdido a cabeça” após uma ameaça contra a integridade física da pastora e do filho deles.
“Emocionalmente ele não conseguiu mais lidar com essa situação. Ele confessa o crime [e diz que agiu] por conta dessa pressão psicológica e dessas ameaças que ele vinha sofrendo”, completou o defensor.