Dentista encontrada carbonizada: o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o crime
Uma dentista de 40 anos foi encontrada morta sobre a cama no quarto da sua casa, em Araras, interior de São Paulo, na quarta-feira (27). O seu corpo estava parcialmente carbonizado e, segundo o laudo pericial, tinha lesões graves, principalmente no rosto. A polícia registrou o caso como homicídio.
O corpo de Bruna Angleri foi enterrado na tarde de quinta-feira (28), após ser retirado do velório de manhã e encaminhado novamente para o Instituto Médico Legal para mais exames pedidos pela polícia. O corpo voltou ao velório às 14h30.
Quem é a vítima?
A dentista Bruna Angleri, tinha 40 anos. Se formou em odontologia em 2014 pelo Centro Universitário Hermínio Ometto de Araras. Em 2019, ela concluiu uma pós-graduação em implantodontia e pouco tempo depois se tornou coordenadora de pós-graduação da São Leopoldo Mandic de Araras. Ela também tinha formação em psicologia.
Bruna era divorciada e tinha um filho de seis anos. Depois do fim do casamento, ela teve um relacionamento com um cantor da cidade.
Como o corpo foi encontrado?
Bruna Angleri foi encontrada com o corpo parcialmente carbonizado, sobretudo a parte superior e o rosto, sobre uma cama, em um quarto da casa onde morava no condomínio de alto padrão no Portal das Laranjeiras, no Distrito Industrial, em Araras.
Segundo a Polícia Militar, a mãe da dentista foi informada pela universidade onde trabalhava que ela não havia comparecido aos seus compromissos e foi até a casa da filha, onde a encontrou morta sobre a cama, único móvel que estava queimado no quarto. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram chamados.
Qual foi a causa da morte de Bruna?
Segundo o delegado Tabajara Zuliani dos Santos, Bruna foi severamente agredida. O rosto estava deformado por fraturas e ela tinha uma costela fraturada, mas a polícia aguarda o resultado de um exame necroscópico para saber exatamente como a vítima morreu.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Limeira, na quarta-feira (27), e depois liberado para ser enterrado. Mas, na quinta-feira, o corpo que já estava no velório, foi novamente levado para o IML para que um exame toxicológico fosse realizado com o objetivo de saber se na vítima havia alta concentração de gás carbônico na corrente sanguínea. O exame foi pedido para a polícia para entender se ela foi queimada enquanto ainda estava viva ou já havia morrido.
Quem matou Bruna?
A polícia registrou o caso como homicídio. O delegado Tabajara disse que a polícia trabalha com várias possibilidades e versões.
A vítima tinha medida protetiva contra o ex-namorado e ele é considerado suspeito, de acordo com a polícia. Ele se apresentou com um advogado e negou envolvimento no crime. O celular dele foi apreendido para perícia e ele foi liberado após prestar depoimento.
De acordo com o delegado, as investigações continuam, mas qualquer pedido de prisão neste momento é prematuro.
Por: G1