Homem mata ex-esposa de 19 anos e depois tira a própria vida
O ex-vereador Oberto Nóbrega de Barros Oliveira, conhecido como Betinho Barros, matou a ex-esposa a tiros e depois se matou, na noite de quinta-feira (21)
O que aconteceu:
A estudante de direito Rayssa Kathylle de Sá Silva, 19, foi morta na casa da mãe, no município de Belém, no agreste da Paraíba. O ex-casal tinha uma filha de um ano e três meses. A vítima também deixou outra filha de 5 anos, que não era filha do ex-vereador.
Eles estavam separados havia aproximadamente um mês e em processo de divórcio, mas, segundo a Polícia Civil da Paraíba, o homem não aceitava o fim do relacionamento.
Com medo do ex-marido, a vítima se mudou para a casa da avó. A jovem cursava direito na UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), no campus de Guarabira.
A instituição lamentou a morte da jovem e afirmou que ela “é mais uma vítima do machismo”. “Infelizmente, Rayssa é mais uma mulher que entra para uma estatística cruel (…) Rayssa é mais uma vítima do machismo. O feminicídio é o ápice da violência contra as mulheres”, diz trecho de nota divulgada pelo Observatório Bríggida Lourenço.
Betinho Barros, 38, era secretário de Comunicação da prefeitura do município. A gestão municipal chegou a lamentar a morte do servidor e decretar luto oficial por três dias, em uma publicação nas redes sociais. Após críticas, a postagem foi excluída.
Vítima fez boletim contra o ex 9 dias antes de ser morta
Rayssa fez um boletim de ocorrência e solicitou aplicação de medidas protetivas contra o ex-companheiro.
Ela alegou que ele a perseguia e a ameaçava com mensagens e ligações. “Vou matar você e vou deixar sua filha sem mãe e sem pai”, teria dito, segundo consta no boletim de ocorrência.
O homem também teria dito que estava vendendo todos os móveis da casa para comprar uma arma e matá-la.
Estou ficando descontrolado. Rapariga, put*, imbecil, miséria, inútil. É o certo homem bater em mulher.
Mensagem de ameaça de Oberto
No boletim, Rayssa também relatou que o relacionamento de ambos estava “muito conturbado” e solicitou que fosse anexado no boletim, reproduções das conversas e “textos agressivos e ameaçadores” enviados pelo homem.
Segundo o documento, a estudante recebeu diversas ligações do homem e o investigador de polícia advertiu Oberto, que passou a mandar mensagens questionando onde Rayssa estava.
Do Uol