Mulher mantida em cárcere privado pede pizza à PM e marido é preso
O que aconteceu:
A mulher de 46 anos era mantida em cárcere privado pelo marido. Ela estava proibida de deixar a residência havia mais de uma semana e estava sem celular, que foi tomado pelo suspeito para evitar que ela acionasse os familiares, amigos ou a polícia para pedir socorro. As informações são da PM.
No dia em que conseguiu denunciar o marido, ela explicou que ele havia saído para beber. Quando retornou, o homem utilizou um fio para agredi-la. A vítima contou que conseguiu pegar o fio e o convenceu a deixá-la ligar para pedir uma pizza. Entretanto, ela ligou para a polícia e pediu socorro.
O agente que atendeu a ligação entendeu o código e enviou uma viatura até o endereço, onde o suspeito foi preso. Segundo as autoridades, a vítima sofreu “diversos tipos de violência” praticadas pelo marido, inclusive sexual — ela apresentou hematomas na região da virilha e nas pernas. Em uma ocasião, a mulher chegou a desmaiar após levar socos na região da cabeça.
Denúncias de violência doméstica ocupam o segundo lugar no ranking de ligações para o 190, atrás apenas de reclamações de perturbação de sossego alheio em Alagoas, segundo o major Chrisd’Angelo Verçosa, do Copom (Chefia do Centro de Operações Policiais Militares).
“Infelizmente, apesar das mudanças e do endurecimento da legislação, a incidência [da violência doméstica] ainda é frequente”, disse Verçosa. O major também orientou as vítimas a denunciarem seus agressores.
O homem foi encaminhado para a Central de Flagrantes e foi autuado por violência doméstica.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Do Uol