Noiva que matou empresário em motel foi presa após roubar Kombi, diz PM
A bacharela em direito Marcella Ellen, 31, presa na manhã de ontem após matar o noivo, Jordan Lombardi, 40, em um motel do Distrito Federal, foi detida pela polícia de Goiás após roubar uma Kombi na BR-070, no município de Cocalzinho, durante a fuga. A informação é da PMGO (Polícia Militar de Goiás) e contradiz a versão da defesa da suspeita.
Segundo a polícia, a mulher teria roubado o veículo após usar o carro do noivo dela, um Audi Q7, para fugir do motel no qual tinha matado Jordan. Como o veículo, da empresa da vítima, é rastreado, ele parou de funcionar pouco mais de seis quilômetros após a fuga, fazendo com que a mulher buscasse “alternativas”.
Em vídeo divulgado pela PMGO, os policiais que participaram da ação detalharam que a equipe foi acionada para uma ocorrência de roubo de veículo e se deslocou até o local, encontrando o carro e a suspeita, que estava armada.
“Foi verificado que a arma estava com uma munição deflagrada, foi entrevistada a autora e ela confessou que tinha efetuado um disparo no noivo em um motel em Brasília”, afirmou um dos policiais no vídeo.
A versão foi reforçada pela PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal), primeira a ser acionada para a cena do crime.
“Foi uma viatura da PMGO que conseguiu prender essa mulher. Ela estava cometendo um roubo no local, de uma Kombi, utilizando uma arma de fogo. Quando a Polícia Militar prendeu ela lá, passou para a polícia daqui. Agora ela está presa e confessou aos PMs do estado de Goiás que utilizou a arma de fogo para matar o noivo”, disse o porta-voz da PMDF, Major Michaello, em vídeo divulgado nas redes.
A fala do policial contradiz a versão da defesa de Marcella, que afirmou que ela chegou a abordar duas vans escolares, sem sucesso, e conseguiu seguir em um caminhão até Girassol (GO).
No município, a mulher teria contado o que houve ao motorista, que, após dizer que pararia para abastecer, desceu do veículo e correu.
“Ela ficou então sozinha, nua, com a bolsa e a arma. Já muito cansada e emocionalmente abalada, ela resolveu descer, jogou a bolsa no chão, jogou a arma e gritou que chamassem a polícia porque ela queria se entregar”, contou o advogado dela, Johnny Cleik Rocha da Silva, em entrevista.
Do Uol