Homem persegue ex e afronta oficial de Justiça: “Por isso mata, acaba com o problema”
Um homem de 29 anos foi preso por descumprir medidas protetivas, perseguir e ameaçar a ex-mulher. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele chegou a afrontar até um oficial de Justiça que o informou sobre as medidas protetivas pedidas pela ex-companheira.
A prisão ocorreu nesta quarta-feira (31/5) e foi realizada por agentes da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) no âmbito da Operação Skadi.
De acordo com o apurado pela PCDF, o homem e a mulher mantiveram um relacionamento de dois anos, tiveram um filho, mas, há dois anos, estão separados.
Durante esses dois últimos anos, a mulher registrou seis boletins de ocorrência contra o ex-marido. As denúncias tratavam de crimes como injúria, difamação e ameaça, todos em situação de violência doméstica e familiar.
Segundo ela contou aos policiais, por não aceitar o fim do relacionamento, o homem chegou a criar um grupo nas redes sociais para difama-la, dizendo que ela era “prostituta, puta e que largou ele para continuar nesta vida”.
Em outra oportunidade, ele teria ameaçado “quebrar a cara” dela e do pai dela — ainda dizendo que iria “tacar fogo na casa da família dela e torcer para apenas o filho sobrevivesse”. Em outra ocasião, o autor teria a ameaçado, dizendo que mataria ela e a criança.
Ameaça a oficial de Justiça
Diante dos episódios de violência, a mulher requereu medidas protetivas ao Poder Judiciário, que a atendeu. O ex-marido ficou proibido de se aproximar a 1km da mulher; e proibido de manter contato com ela, por qualquer meio de comunicação.
Ao ser intimado de tais decisões, via WhatsApp, pelo oficial de Justiça, ele respondeu dizendo que iria descumprir as medidas e disse que “mulher usa isso ai”, se referindo às medidas protetivas.
Ele ainda tentou justificar feminicídios. “Por isso os cara mata, acaba logo com o problema. Fica 3, 4 aninhos preso dps vive em paz [sic]”.
Veja as mensagens enviadas ao oficial:
Ele ainda utilizou a plataforma do Pix para ameaçar a mulher. Diante do descumprimento das medidas protetivas, a vítima efetuou novo registro de ocorrência na 38ª DP — com isso, o homem foi preso preventivamente.
Ele foi localizado no Guará e conduzido para a DP, onde foi interrogado e teve a prisão formalizada. Em seguida, foi recolhido à carceragem, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Somadas, as penas dos crimes podem chegar aos 4 anos de prisão.
por: Mirelle Pinheiro, Samara Schwingel